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Antevisão do Webdoc* do Projeto ViViDo, com entrevista à designer Andreia Batista

(*) Webdocumentário, ou documentário interativo, é uma forma de contar histórias misturando diferentes meios: textos, fotos, gráficos, áudios, vídeos e animações.



Enquadrado no Projeto ViViDo, está a ser desenvolvido um Webdoc que relata as experiências pessoais de vítimas de violência doméstica. O documentário, que será disponibilizado brevemente online, está a ser realizado pela designer Andreia Batista, contando com a equipa do projeto para apoio ao seu desenvolvimento.

A designer, licenciada em “Audiovisual e Multimédia” pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e mestre em “Design de Comunicação e Novos Media” pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), realizou, um Webdoc interativo intitulado “Mobilidade e Permanência no Espaço Público”, que aborda as questões heteronormativas nos espaços públicos.




Andreia Batista, em colaboração com Ariana Parrilha e André Fidalgo Silva, obteve uma distinção pelo jogo “Sea of Roses”, no concurso internacional Video Games Exploring Culture’s Influence on Dating – 2020, da Jennifer Ann’s Group, fundação americana sem fins lucrativos, que visa combater a violência no namoro e os seus impactos. Andreia Batista apresenta-o como sendo “um jogo sério (storytelling e exploração), que pretende ter um impacto positivo nas pessoas e na sua perspetiva sobre o mundo, desmistificando padrões que podem ser encontrados em casos de violência no namoro e o papel que a cultura pode desempenhar enquanto parte da equação, neste caso, de uma forma positiva.” O jogo tem data de lançamento prevista para junho na plataforma digital STEAM.

Ecrã do jogo “Sea of Roses”


Quando questionada pela pertinência e motivação pessoal no desenvolvimento deste inovador material de comunicação, o Webdoc, associado ao Projeto ViViDo, a autora afirma que: “Qualquer pessoa pode ser vítima de violência doméstica. E estas vítimas não são apenas números, são pessoas com histórias de vida que, em alguns casos, tiveram a violência como algo presente no seu dia a dia. O objetivo e o que me motiva é levar esta realidade ao maior número de pessoas e também às pessoas certas, para sensibilizá-las e apelar a uma visão mais crítica sobre o tema da VD. Espero também que as pessoas fiquem mais atentas ao que passa ao seu redor e com as pessoas que conhecem, para que nestes casos, sejam capazes de agir da melhor forma possível e sem comprometer a segurança do outro/a.”

“A realidade que tenho assistido e que promete mudar para melhor, com a Plataforma ViViDo, é a de um sistema que ainda tem muitas falhas. Desde o a permanência de casos de VD, à ressurgência dos mesmos, a revitimização contínua, a existência de inúmeros processos muito graves que não chegam a tribunal ou que são arquivados, a pedidos de ajuda que, ainda assim, terminam em homicídios. Esta não é uma realidade que queremos ver, daí a minha motivação assentar muito na divulgação destas histórias, pois se todas as pessoas fecharem os olhos, quem é que vai tentar mudar esta realidade?”



Disponibilizamos um teaser, cortesia da designer e da equipa do projeto ViViDo.





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